astrespiramides

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domingo, 7 de janeiro de 2018


Vou aguardar
As estrelas vindas do céu
Uma vez que já o sol brilha em mim,
houve um dia
Em que a mágoa abafou minha voz
E os sentidos emudeceram
O corpo gélido do pensamento,
Esperei, aguardei, cerrei a janela da alma,
E assistia à tormenta
Dos raios que entrelaçavam os céus,
Mas na hora certa…
As nuvens se dissiparam
E o coração aqueceu,
No dia, que decidi
Me abraçar outra vez.

Luna

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Ressoa no silêncio
Uma voz de menina
Dos tempos idos
Perpetuada nas sombras da mente,
É silenciada no revelar do alvorecer
E na ausência da luz retorna,
Frémito incessanto,
Que o tempo não apaga
Como vampiros,
Sugam, dilaceram,
E a criança errante volta
Seu coração ainda punge
Nas suplicas da voz subjugada,
Nas lágrimas impedidas de rolar,
Mas as sombras só existem
Quando as deixamos entrar,
O passado é como as ondas do mar
Que ao beijar a areia da praia se desvanece,
Olho o horizonte
Que fica entre o hoje e o amanhã
E a vida nasce crepitante a cada instante.

Luna

domingo, 31 de dezembro de 2017



O sol se vai, a lua esta quase a chegar é a ampulheta da vida, do tempo a trabalhar, que nos possamos despedir deste ano como heróis das experiências que ele nos deu e as possamos arquivar nas folhas no livro gasto do tempo, um novo ano esta a chegar como as sementes deitadas na terra e novamente pequenas flores voltam a despertar, são os ciclos que podem enriquecer e trazer a felicidade que sempre almejamos, Boas Festas, boas energias, que o amor fraterno ilumine as nossas vidas.

LUNA

terça-feira, 10 de outubro de 2017

“ O que  significa  mil anos ou ontem”, “ perto ou longe “?. Quem se mantiver calmamente no centro de si mesmo compreendera  a ilusão do tempo, os seus jogos e sombras, a sua fantasmagoria. O ardil do tempo consiste em fazer-nos  crer que se escapa, quando na verdade ele volta sem cessar e nunca deixa o círculo.

Sabedoria Ameríndia.

Porque dizem  que o tempo não existe se o sentimos passar, sentimos o tempo através do relógio e o que se encontra distante fica mais próximo ou será que o que por vezes está perto tende em se distanciar, näo sei mas acredito que o tempo não existe na imortalidade da alma, como explicar por palavras a dualidade em que nos encontramos, a ilusão a que a mente nos  transporta a ilusão do próprio tempo, a ilusão do que é a vida e a morte.

Maria José Pereira
(Luna)

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Foi num passado recente
que me perguntava…
o que faço aqui, porque nasci,
pensava nunca entender
e sentia a minha inutilidade.
Era como uma gota de orvalho
pisada na grama da manhã.
e procurava fora de mim
a hipotética felicidade.
A vida molda, complementa,
abre portas e janelas quando
desventramos bem dentro do nosso ser
as camadas egóicas
que nos leva à vida ilusória,
acabamos descobrindo a imortalidade da alma
e entre margens do rio
vamos compondo a sinfonia inacabada.

Maria José Pereira
Luna

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Era já tarda da noite,
o sono corria veloz, entre o silêncio libertador
que apazigua a mente,
e o vento frígido, dilacerante dos pensamentos,
escutei um sibilado
como uma Gárgula guardiã da Catedral do tempo
que me dizia…
“Que esperas da vida?
Que procuras na terra?
esqueceste que és um joguete no Cosmos
que vives para ele viver?
Se queres evoluir não te esqueças,
que o amor é dar sem esperar receber,
dorme o tempo
que te resta da noite
vive o tempo que te resta da vida,
aprende o que è plantar,
pois é breve este teu passar

Luna
Maria José Pereira

sexta-feira, 18 de agosto de 2017


São folhas secas de inverno
que o tempo dourou
que o tempo tombou,
prenhe de sabedoria,
que o vento embala,
a terra molhada lhes oferece o aroma
inebriante que possui,
e elas se deixam levar
na doce caricia do movimento,
pois sabem que nada se perde
mas que tudo se transforma



foto e poema Luna-
maria José Pereira

na sublime