astrespiramides

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quarta-feira, 29 de agosto de 2012



Sinto a tua presença
nas palavras escritas e não ditas
e o calor da emoção
tem a mesma intensidade
que o cantar das estrelas no céu
corpos lânguidos
cruzam-se sem se verem na bruma da noite
e em pensamentos são conduzidos
ao Templo do amor 

Poema e fotos Luna

domingo, 26 de agosto de 2012



Os dias vão passando como folhas de Outono arrastadas pelo vento e com elas os nossos pensamentos transviados, e os sonhos partem e chegam, era dia e chegou a noite com ela a lua feiticeira que a todos embriaga, então olhamos o firmamento e comtemplamos as estrelas que permanecem no mesmo lugar, e pensamos nos rios que correm sempre na mesma direção, e nós filhos do pó das estrelas qual o caminho que tomamos no nosso microcosmos, precisamos aprender com o universo e procurar o imutável que existe em nós pois é aí que permanece a unidade perdida, a sabedoria do espirito a tranquilidade dos sentidos, mas também aí existe a continuidade de tudo, e assim a noite termina, e somos presenciados com o sol, mais uma oportunidade de fazer a nossa vida despontar com uma nova energia

Será o luar
simples devaneio de poetas
não sei…
vou meditar,
sentir o contorno da luz
que irradia como o sol
e penetra na noite sombria,
entender osofrimento
que paira no ar
sentir a musica calma da alma
harmonizar a noite com o dia
são esses instantes melódicos
que transformam os dias
numa dança de luz inquieta

poste e fotos -Luna

sexta-feira, 24 de agosto de 2012



Desconhecida para mim sou, olho-me através do espelho do tempo e na dislexia do firmamento  só em fiapos de memórias tropeço descubro incertezas no mais recôndito do meu Ser. Vulcão incandescente projetado na montanha da ilusão em catapulta desce até ao vale do destino em conflito com o sucedâneo do passado reflexo de um presente sem futuro, chegam de ventos ciclónicos acoitando os desertos da existência.

poste e fotos Luna

segunda-feira, 20 de agosto de 2012



Deixem-me ser eu
Só mais uma vez,
quero ser criança
aquela que não fui um dia
e correr descalça na praia
rolar num campo de papoilas
deixem-me abrir os braços e sorrir
 Sorrir ao mundo, sorrir á vida,
que me importa se me trancaram portas
se tentaram castra-me as ilusões
se amordaçaram meus lábios
me prenderam com grilhões
eu continuo a sonhar
a sorrir, acreditar…
deixem-me ser eu,
ser eu, só mais uma vez


Poema e fotos Luna

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

È hoje




quarta-feira, 15 de agosto de 2012


Hoje depois de ler vários blogues uns comentei outros não, fiquei a pensar quem somos nós, que encontramos as portas destes espaços entreabertos e vamos entrando, tantas vezes já sem bater, criamos sintonias, empatias, por vezes sentimos mais afectos e disponibilidade do que com pessoas que diariamente partilham as nossas vidas, mas estão ausentes de nós, mas até que ponto vos conhecemos, não sei, em alguns momentos vamos captando, mensagens escondidas no meio de palavras, desabafos, até que ponto são reais, ou a nossa percepção deturpa o sentido com que é escrito, cada um de nós ao ler algo vai-se identificar com o texto ou poema e o interpretar de uma forma particular, hoje li algo sobre uma pessoa que me marcou, todos nós temos o nosso trajecto de vida, todos carregamos a nossa cruz, faz parte do caminho, com ela aprendemos, crescemos, tornamos-nos pessoas melhores, por vezes piores, caímos, sangramos e continuamos, mas existem dores que deveriam ser riscadas do livro da vida, estamos neste plano tridimensional em aprendizado constante, no entanto tantas vezes parecemos um cão a tentar apanhar a própria cauda, corremos para lado nenhum. Talvez estas palavras nem façam sentido para quem as possa ler se assim for, vejam como um monólogo, no fundo estes espaços também servem para isso para falarmos connosco deixando as emoções retratadas numa “ folha de papel .
Poste e fotos Luna

segunda-feira, 13 de agosto de 2012



Afago o caminho que palmilhas
pois te trás para junto de mim.
perduro no jardim dos desejos
esperando teus carinhos, teus beijos,
o perfume da tua alma,
sei que és o meu amor,
o meu anjo, minha fantasia,
o vulcão de lava incandescente
feito de mágicos acordes de um violino.

Poema e fotos Luna

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


Talvez sejam só folhas
Levadas ao vento
No Outono da vida
Ou inicio de um ciclo
Que findou
Quem sabe a exactidão
Entre o principio e o fim
Talvez o momento
De avaliar o que se colheu
Ou plantou
Tudo é transitório, imutável
A vida como folha seca
Resvala no jardim do sonho
Da imaginação, pensamentos
Dispersos sem fim


poema e fotos-Luna

terça-feira, 7 de agosto de 2012



Pensamos na vida,
e o tempo passa,
e os anos passam,
e pensamos na vida,
teias, emaranhado de pensamentos,
sonhos desfeitos
nas gotículas
que tombam no chão,
 mas tecem o aroma
da manhã renascida
no horizonte do meu ser

Poema e fotos Luna

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Hiroshima



Quem me conhece sabe que sou avessa aos dias de… mas hoje faz  67 anos que foi feito o primeiro ataque atómico em  Hiroshima cerca de 80 mil pessoas morreram, no ano seguinte pela radiação  entre 90 mil e 140 mil pessoas foram vitimas dessa calamidade com consequências tanto a nível humano como na natureza. Para todos esses seres deixo a minha homenagem sentida.

Ensina-me o que é o amor
Como se estende a mão
O que se faz para não magoar
Mostra-me a força da dor
Para que eu entenda o sofredor
E não mais o maltratar

Poste e fotos de Luna

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Mudar de roupa



A ideia de mudar de roupa é frequentemente utilizada na literatura espiritual para descrever uma transformação, “ quando Jesus se transfigurou, as suas vestes tomaram-se tão brilhantes que os discípulos mal conseguiram olhar para Ele”, num texto místico Judeu descreve-se uma visão do patriarca Henoch na qual lhe é retirada a sua “ veste terrena” e é revestido com “ vestes gloriosas”, na literatura mística, quando alguém nos diz que esta a mudar de roupa, geralmente significa que teve uma experiencia do Ser, transformando-se num ser celestial.
Mas nós simples mortais imperfeitos, será que também não podemos mudar de roupa, ao enveredarmos por largarmos o orgulho que nos afasta de nós mesmos e dos demais, ao vencer os medos que nos aprisionam em cativeiros sem grades, ao partilharmos nem que seja um pouco do nosso tempo com quem precisa ser escutado, sim posso estar errada mas penso que há várias formas de irmos despindo nossas vestes que por vezes mais parecem proteções de guerra.

Quando era menina
via os anjos perto de mim
mas cresci…
e deixei que os véus de Maia os tapassem
quando criança
as fadas voavam em meu redor
mas então cresci…
e elas fugiram de mim
e nas labaredas
do fogo incandescente
os silfos saltitavam
numa dança magica,
e as ondinas deslizavam
nas pedras brilhantes do rio,
mas então cresci
hoje os gnomos sopram meu rosto brincalhões
e eu penso ser o vento a tocar-me
onde foi que perdi a inocência de menina