astrespiramides

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sábado, 29 de junho de 2013

sonhos


 
Nesse sonho me perco
Nesse sonho me encontro
E assim vivo
Nessa casa abandonada
Envolta em solidão
São grinaldas de vento
São arribas sem tempo
São jardins de memórias
Desprovidos de imaginação
Como uma bola rebola
E a vida que não passa de uma quimera
Se quebra no chão
Como pétalas de cristal
Lapidadas e transformadas
Pelo sentir que deixou de sentir
Poema e fotos Luna

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Quando


 
 
Quando o inverno da vida chegar e as pétalas enrugarem vou sentir o vento agreste da morte  se acercar de mim e o meu corpo como uma folha seca vai fazer parte dos despojos da terra. Não ,não tenham pena de mim, será simplesmente um ciclo que findou, serei só mais um ser que por aqui passou tentando aprender encontrar o fio condutor que não leva a lado algum, não quero velas nem flores, palavras bonitas que invoquem a pena de ter partido, queria só ter uma mão na minha sentir a força da ternura das palavras silenciadas mas que tudo dizem a mão forte que abraça mas deixa ir, esse amor maior que sabe conduzir no caminho que a alma deve percorrer.
Post e fotos
 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Simplesmente entrei


 

Simplesmente entrei, sem bater na porta entrei, e foi aí que tudo começou, onde eu era ainda quase nada ou talvez a verdadeira essência de mim estivesse plena nesse instante, mas inevitavelmente fui crescendo e o espaço tornava-se diminuto, não sei se fui gerada por amor ou simples fruto do acaso, mas sei que ali naquele espaço eu era feliz ,hoje já me esqueci que é preciso muito pouco para o ser e a felicidade e a paz se encontra na simplicidade onde o calor aconchegante do tic tac que escutava do relógio da vida da minha progenitora era o suficiente para me sentir em êxtase, mas continuava crescendo e já quase sem espaço alguém me expulsou da única casa em que fui feliz, lembro-me que não gostei do que vi ou senti, barulhos ,seres estranhos que olhavam para mim, bateram-me, e pela primeira vez senti dor e chorei, foi o ingresso na vida terrena onde tudo é pesado, difícil, onde a luta é diária para respirar o prana da vida, e vou aprendendo que na existência tudo passa e ao fim de tantos anos pouco sei sobre viver e morrer, por vezes olho para trás procurando o momento em que gostaria de retroceder no tempo e no espaço, e sempre chego á idade do nunca  naquele instante em que sem bater na porta entrei.
fotos e post Luna

 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Sorrio




A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração.


 
Nem todo o dia
Se sente a leveza da alma
Pois nos trilhos vacilantes do destino
A arritmia do coração acontece
Mas olho nos teus olhos
E deixo o sorriso fluir
Pois sei que uma parte fi floresce
Na minha acalmia
Encontras a tua
Assim sendo, seguro tuas mãos nas minhas
E na fragilidade gero força
E sorrio, sorrio para ti
 
 
Poema  e post Luna

quarta-feira, 19 de junho de 2013

SOU


 
Sou …
Uma folha que o vento leva
Na madrugada que não tem raízes,
Uma pedra no fundo do rio,
O marulhar das águas do mar,
Fui plantada no fogo da vida
Perdi as memórias do livro do tempo,
Sou…
Passagem, cadeia de transmissão,
Transmigração de alma
Pó de estrelas e pouco mais
Talvez um pouco de tudo
E muito de nada.
 
Poema e fotos Luna

domingo, 16 de junho de 2013

sorriso de olhos tristes


 
 
Não confundam o sorriso com felicidade
O meu sorriso vem da alma
É ela que me ajuda a desbravar caminhos esconsos,
Mas são os olhos que falam da vivência,
Do cansaço das sendas perdidas,
Da solidão que habita meu Ser,
Diz-me mãe, se é que um dia eu nasci de alguma,
Como consigo teimar em florir a semente que não me plantaste
Caminho sem rumo á séculos, perdida em mim,
Encontrando portas fechadas que se multiplicam,
Fazendo alquimia com o meu coração
Hoje sinto o cansaço de ser uma lutadora
Que se mostra forte ao mundo
E de coração ferido,
 Na solidão lambendo as próprias feridas
 
Poema e fotos de Luna

sexta-feira, 14 de junho de 2013

dormi contigo


 
Dormi contigo,
Nas aguas marinhas da vida, dormi,
E no sono do amor
Mitigavas espasmos convulsivos
Num barco atracado com âncoras inúteis,
E os teus olhos pousaram nos meus,
Tua boca queimando, incendiaria
Qual vulcão jorrando lava de paixão
Vogou ao sabor do vento,
Ao sabor do tempo … infinito…
Nesse destino se perdeu e se achou
Essa metamorfose ditosa
Que só os apaixonados fazer eclodir
Poema e fotos Luna

quinta-feira, 13 de junho de 2013

simplesmente procuro




Olho o horizonte
Procurando nem sei o quê
Talvez tentando descobrir não sei onde
A razão, as respostas ás perguntas silenciadas,
É efémero o meu viver
Que me faz rodopiar em pensamentos, sentimentos,
Que não levam a parte alguma,
Não existem certezas de nada ,
Porque procuro eu respostas
Se nada faz sentido, eu não faço sentido,
Nem a vida que arrasto á décadas
Estropiando os degraus que tento subir
O piso é escorregado, continuo a descer
Aos labirintos abissais do meu sentir
Sinto os tentáculos das criaturas imundas
Que me arrastam para a parte negra da lua,
Mas sempre regresso, procurando respostas
Porque a vida tem de fazer sentido.
 
Poema e fotos Luna
 

terça-feira, 11 de junho de 2013

destinos



Pisando trilhos, delineando rumos,
Existem destinos escritos
No emblemático movimento do coração,
 Sendo entrelaçados e esculpidos em êxtase de amor,
São viagens de almas,
Que no estático Oceano encontram o farol
Conseguindo dominar a incongruência da vida
E levitam no deserto escondido num registo Akashico
Holograma de outras dimensões

Poema e fotos Luna



segunda-feira, 10 de junho de 2013

Livre arbitrio


Depois de calcorrear memórias de mim, resolvi esquecer quem sou e adormecer os carrascos que teimam em molestar-me. Se somos o que pensamos, o que fazemos, somos as escolhas a que o nosso livre arbitro nos leva, no fundo somos pouco mais do que nada nesta vida em que imprimimos ao nosso código genético as mágoas as tristezas as raivas, orgulhos e tanto mais, porque simplesmente teimamos em andar às voltas de nós mesmos sentindo-nos presos e incapazes de estar abertos às alterações proporcionadas pelo macrocosmos que acabam acontecendo no nosso microcosmos interior, a vida cria oportunidades a cada instante e se não estivermos abertos e atentos às mudanças elas acabam passando e estagnamos, a culpa é das nossas escolhas não das pessoas que nos cercam, talvez a vida seja simples demais e nós seres complexos em demasia e não entendemos nem sentimos a verdadeira magia que é viver, somos a maquina mais perfeita existente na Terra o nosso corpo o seu funcionamento é algo magistral, mas temos dificuldade de gerir as nossas energias as nossas escolhas invariavelmente levam-nos ao caminho materialista, e a um desgaste constante do nosso sistema imunitário com vários tipos de doenças, não aproveitamos a simplicidade que a vida nos dá a harmonia existente no universo, a paz que se encontra no silencio nos pequenos momentos de prazer onde as sementes plantadas do amor devem de ser cuidadas e acabamos por passar na vida sem passar, e a morte que nos foi anunciada á nascença um dia chega e como esperamos sempre o dia de amanhã para mudar algo, para pedir desculpas, para sermos felizes, esta passagem tão rápida acaba por ser uma cruz pesada que aprendemos a carregar a levar ao calvário sem descobrir a beleza que existe no aprendizado que nos leva ao caminho que se trilha na suavidade do amor. 

domingo, 9 de junho de 2013

Esta noite




Esta noite estou olhando o céu
E pensando que talvez não fosse para ser assim,
Ou talvez o caminho seja o que esta escrito nas estrelas
E não sei se isso é bom ou não
Mas a minha vida começou
Quando escutei o bater de asas do meu anjo
Agora posso respirar, mas falta-me o ar,
E hoje é mais um dia que o tempo parou
Lembrando o abraço forte das suas asas
Tento negar, mas sei,
Existe uma distância entre o céu e a terra
A distância que os homens criaram
Fecho os olhos e sinto a alma e o coração que me dizem
Só quando o anjo da morte cortar o fio de prata
Vou finalmente ser iluminada
E voar para onde a paz reside e aí finalmente serei feliz

Poema e fotos Luna



terça-feira, 4 de junho de 2013

Esperando



Esperando a musicalidade oriunda do devir
Abro o suspiro imaculado no castelo do sentir,
E submersa na catarse, emigro em mim,
Vogo nos mares e ao sabor das marés
Sinto-me estagnada nas calmas águas
Que me levam a parte alguma
E açoitada pelo vento oceânico
Tento escutar o cântico das sereias
Para sentir que coexisto,
E de velas rombas, sem sentido ou direcção,
Procuro o farol e porto seguro,
Esse farol vive em mim
Essa luz que me ilumina na escuridão,
Luz que se expande e manifesta na força interior
O escudo protector,
Inibidor da dor ou sofrimento,
Porque eu sou o que sou, e sempre serei,
Um ser imperfeito com o brilho que a alma me der

Poema e fotos de Luna