astrespiramides

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quarta-feira, 30 de novembro de 2016


Raiva

A raiva não passa de uma forma de extravasar a nossa dor que se encontra acumulada e em algum momento deixamos sair palavras bruscas agressivas cheias de mágoa que em outra altura não seriamos capazes de pronunciar. Mas a raiva não passa de um reflexo da tristeza e como a tristeza faz doer e não queremos sofrer vamos refreando os sentimentos e em um determinado momento a raiva acontece como uma explosão, mas não passa de um ataque para nos protegermos, essa raiva é como um buraco negro onde as coisas menos boas se vão acumulando  e como por vezes não vemos saída, como um íman vamos captando e guardando essas energias negativas, acredito que muito do que nos acontece no momento é reflexo de escolhas passadas , são como toques do universo para nos mostrar que precisamos fazer uma reflexão sobre a nossa existência o que fizemos a nós mesmos de errado e aos que passaram e passam na nossa vida, quando algo nos dói tomamos decisões que consideramos serem melhores para nós mesmos e nem pensamos nos estragos que podemos fazer no coração das que se cruzam no nosso caminho, por isso Jesus nos ensina a amar e perdoar não só aos que amamos mas em especial aos nossos inimigos, quando o nosso coração repousa a vida ainda que dorida é mais fácil de transportar.

Foto Nazaré
Maria José (Luna)

domingo, 2 de outubro de 2016



Amor,

É como abrir as asas e num abraço envolver todos os seres do Universo com o calor verdadeiro que brota da alma sem fazer destrinça dos indivíduos, bons, menos bons ou mesmo os que julgamos animalizados, o verdadeiro amor não é o dos sentidos, aquele que cobra, que magoa, o amor é algo sublime, dádiva pura, entrega total, pois ele sabe que quando recebe o seu irmão está a acolher a chispa divina que Deus criou e ajudar alguém que se perdeu pelo livre arbítrio nas escolhas erradas a voltar ao espirito do criador, por isso como diz a primeira carta de Paulo aos coríntios, “  O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha “, porque só o amor pode edificar, pode fazer renascer dentro de cada um de nós o que algum dia foi perdido pela procura exterior de colmatar qualquer vazio existencial.

Maria José Pereira
Foto tirada a caminho de Espanha, porque o amor vive no universo a natureza mesmo em escarpas rochosas nos mostra o símbolo do amor


terça-feira, 9 de agosto de 2016



Pedras, construções, segurança, ornamentada de beleza, talvez seja assim desde todo o sempre, chegamos a este mundo tão frágeis e conforme vamos crescendo incutem-nos as regras de sobrevivência, temos de ser os melhores, protegermo-nos do mundo e dos seus habitantes, erguendo castelos, muralhas á nossa volta e para não nos sentirmos prisioneiros de nós mesmos precisamos de toda a manifestação de força e beleza exterior, quantas vezes isso nos leva à degradação e perda incondicional da vida e do sentido da mesma. Mas a nossa alma grita nessa prisão sem grades, grita que precisamos de sair do nosso mundinho da nossa zona de conforto, estarmos abertos ao novo, acreditar que não é porque não se vê que não existe e deixar essa beleza que subsiste dentro de cada um de nós descobrir quem somos, a razão porque fazemos esta viagem e para onde vamos no caminho de volta, para quem não acredita na vida eterna, que está seguro que tudo acaba com a morte física, quem sabe se sair dessa zona de conforto algo possa acontecer, ou não, pois não sou dona da verdade.

 Foto de Alhambra
Maria José Pereira ( Luna)

segunda-feira, 8 de agosto de 2016


Quantas vezes escondemos as emoções bem lá no fundo de nós, não deixando transparecer para os demais as angústias e vivemos submersos em grutas escuras onde a humidade dos medos, da falta de confiança de… nos vai transformando em algo que não queremos, somos almas em busca de perfeição e na maior parte das vezes transformamo-nos em almas desumanas em corpos doentes fisicamente e espiritualmente. No entanto as grutas também têm beleza, aquela formosura intrínseca que cada um de nós possui pelo amor que o coração transporta, e é só esse amor que nos pode curar, fazendo -nos sair desses lugares que nos corroem a mente e o coração e trazer de lá a beleza das estalagmites e estalactites do nosso Ser para crescermos dia a dia.
Foto tirada nas Grutas de Mira Daire
Maria José Pereira ( luna)

quinta-feira, 4 de agosto de 2016



Podia falar
De olhos infelizes
Espelhados no lago da aflição,
Ou de nuvens nebulosas compassivas,
No corpo andrajoso de uma mulher,
Podia verbalizar sobre
Mentiras conspurcadas,
Lascivas, ou vícios,
De falsas amizades
Que sugam o sopro vital,
Mas não…
Prefiro falar
Dos sonhos, da esperança,
Dos caminhos não percorridos
Dos mistérios ainda por viver,
Do sorriso verdadeiro,
Do amor que temos para dar
Ou da ternura que falta receber.
Poema e foto( Lagoa de Pataias) de-luna

terça-feira, 14 de junho de 2016


Sofrimento

Como dizer a quem na estrada da vida está a sofrer, para ser paciente carregar a sua cruz e seguir, que todo o sofrimento, todo o coração ferido, no futuro sara e torna-se mais forte, nenhum de nós quer sofrer, só de pensar a angustia o medo apodera-se do nosso Ser.

Mas se pensarmos que a vida quer queiramos ou não é feita de tropeços, por mais que queiramos contornar existe sempre algo que bloqueia o caminho da suposta felicidade e podem ser problemas criados por nós mesmos ou externos a nós mas que como uma granada acabam explodindo nas nossas mãos e de uma forma ou de outra acabamos por carregar. Assim, se tentarmos viver essas energias negativas, sem revoltas, sem raivas, simplesmente aceitando como um aprendizado, acabamos por passar por esse tempo doloroso sem o peso adicional das iras que nos vão magoar mais ainda e a quem vive a nosso lado.

Quem acredita em Deus fica mais fácil pela oração pedir ajuda, pois ao lembrar que Jesus Cristo carregou a sua cruz por amor da humanidade , compreendemos o amor sublimado, a verdadeira dádiva dos céus. Para quem acredita em reencarnação mais fácil se torna uma vez que todas as nossas atitudes tem uma moeda de troca, se não for nesta vida será em outra o karma acaba por nos acompanhar, quem sabe este nosso mundo Terra não passe de um lugar expiatório das nossas faltas, um ( Purgatório) e todo o sofrimento dos seres humanos  seja como um lavar de alma, pois somos tão imperfeitos, basta olhar como o mundo se encontra, este é feito por homens que somos nós.
Maria José Pereira (Luna)

segunda-feira, 16 de maio de 2016


PEREGRINAÇÃO E DOR

Este mês muitos peregrinos chegaram a Fátima, trazendo suas dores físicas e da alma pedindo ou agradecendo algo com extrema fé a Nª Senhora.

Isto me fez lembrar que cada um de nós é peregrino da vida que se vai desenrolando sem sabermos muito bem como e porquê , mas precisamos acreditar em algo, sentirmos fé, pode parecer irreal para alguns seres, mas sem essa esperança o fundo do túnel fica escuro para todo o sempre, perdemos o rumo a direção, depois acredito que entre a mente e o coração, eu pessoalmente prefiro escutar o coração, a mente é objetiva faz contas e quer resultados e na falta dele  a dor torna-se maior, talvez o coração seja mais sonhador e acredite sem ver, quem sabe nós mesmos sejamos somente um sonho do universo, simples hologramas, a verdade é que sempre procuramos quem somos de onde vimos e para onde vamos.
Maria José Pereira(Luna)
Foto de Suiça

quarta-feira, 20 de abril de 2016


HO'OPONOPONO

"Sinto muito" e "Te amo" - Processo de cura Havaiano: Ho'oponopono significa amar-se a si mesmo.

A vida é como uma teia em que nos enredamos, muitas vezes damos voltas e voltas e não conseguimos sair desse enredo criado por nós mesmos, as escolhas que fazemos ao longo dos anos nem sempre são as mais corretas e disso nos apercebemos mais tarde, acabamos por deixar um rasto de dor na nossa alma e nas pessoas que nos cercam, mesmo os nossos pensamentos  quando são impuros infetam o planeta e os seres que nele habitam, é pelo amor e pelo perdão a nós mesmos e aos outros que podemos repor a energia pura que nos liberta  da dor, das doenças e assim como uma gota  de orvalho nos podemos soltar das teias emaranhadas da vida.
Foto e escrita- Maria José Pereira (Luna)

quarta-feira, 30 de março de 2016


As gaivotas vão voando, pipilando…sinto a liberdade no seu planar, mas o que é a liberdade,  dizem que a nossa liberdade acaba quando começa a do outro, mas é tão abstrata essa ideia, liberdade de falar, de estar, de sentir, de fazer, de…de…paro por instantes de olhar as gaivotas, fecho os olhos e contemplo o meu sentir, a dicotomia entre o Ser e o querer, Sinto a liberdade do Ser como a verdadeira liberdade a que vem de dentro de nós o apaziguamento da alma, a conciliação  do espirito com o corpo físico, mas indubitavelmente são os quereres que prevalecem e as falacias do eu aprisionam-nos  tragicamente fazendo-nos perder a liberdade que tanto anelamos ,e vivemos presos em prisões sem grades chegando mesmo a fazer guerras para conquistar a liberdade.

Foto e escrita

Luna (Maria José Pereira)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016


Vivemos num mundo dual e defrontamos essa dualidade em cada momento, em cada instante encontramo-nos numa encruzilhada, temos de decidir qual a estrada por onde caminhar e quando a escolhemos tenho a certeza que o fazemos com firmeza de ir pela vereda certa, no entanto é bem mais tarde que muitas vezes descobrimos que essas certezas não eram reais pois o que parecia a melhor via acaba por nos trazer muita dor.

Hoje revendo parte da minha vida sei que todas as escolhas mesmo as “erradas” foram as corretas, uma vez que os ferimentos que tive pelas escarpas que trilhei fez de mim a pessoa que hoje sou.

O sofrimento acaba por ser uma forma de purificação, no fundo magoamos também tantos seres ao longo da existência, algumas nem nos apercebemos desse facto, tão iludidos que estamos nas nossas razões, das nossas verdades, mas a verdade é dúbia, e tão difícil é nos transportarmos para o sentir dos outros.

Se olharmos bem para a nossa vida no momento, descobrimos os erros do passado e as arestas que temos de limar para a nossa evolução espiritual, pois a vida terrena é uma passagem muito breve, pela lei da atração tudo o que fazemos retorna à nossa vida como pagamento pelo bem ou menos bem que fazemos aos nossos semelhantes, temos o livre arbítrio das nossas decisões mas vivemos num labirinto presos em teias, véus, completamente identificados com tudo o que nos acontece, no fundo deveríamos trabalhar a lei da não identificação pois só assim podemos ver com mais clareza e resolver os problemas que de momento a momento vão acontecendo na nossa vida, com o discernimento com que os amigos encontram a solução para os nossos problemas algo que nós dificilmente o faríamos sem fazer dessa dificuldade uma bola de neve.
 
Maria José Pereira (Luna)