astrespiramides

astrespiramides

sábado, 12 de dezembro de 2015



Nunca pensei escrever um livro, no entanto por vezes preciso pôr no papel o que me vai na alma, possivelmente uma forma de exorcizar os meus fantasmas, são tantos ao longo dos anos, alguns vou apagando ou guardando no sótão do esquecimento, mas sei que não é esquecendo mas enfrentando os medos, as situações mal resolvidas que a aceitação da vida acontece.

Demorou talvez anos demais o processo de procura interior, para começar a levantar o véu do entendimento do porquê do meu sofrimento e a falta de amor desde que me conheço por gente, muito vou esquecendo é como um filtro que encontro para me proteger da dor.

A minha primeira lembrança é com dois anos e meio quando a minha mãe biológica de deu a outra família, era uma sala com três poltronas que eu não parava de subir e descer, o primeiro momento de felicidade que me recordo, hoje com 56 anos volto atrás e descubro que são na verdade os pequenos momentos que se podem chamar de “felicidade” e que ficam gravados na mente de uma menina.

Cheguei a este mundo com a fragilidade de uma criança, mas com a força intrínseca de Deus, vim não sei se em expiação se com uma missão, mas sei que neste meu caminho terreno Ele sempre me pegou ao colo quando eu jazia caída já sem forças para continuar, ainda que eu na altura pensasse que a força vinha de mim e que estava sozinha no mundo, Deus sempre se manteve junto de mim.
Maria José Pereira (Luna)

domingo, 6 de dezembro de 2015


Tentei escutar o ímpeto nesta valsa emblemática

de compasso arcaico e incerto,

procurei detalhes escondidos nos ventrículos e aurículas

desse movimento robótico manifesto no coração,

analisei o puzzle que somos, peças deslocadas,

desunidas, separadas,

mas fazendo parte de um todo,

e foi assim que quis falar do Natal, sem dizer nada de formal,

mas não encontrei palavras que ilustrassem o sentir

então lembrei-me das palhinhas, do menino redentor,

depois o seu crescimento todo o seu sofrimento

e da dádiva da sua vida um verdadeiro ato de amor.

nós nos nossos medos e obsessões,

mitigamos o amor em convulsões

continuando átomos inconscientes,

por ainda não sabemos decifrar o código

que Cristo Homem nos ensinou

que Natividade é nascimento

e só Cristificando o coração pelo amor pelo perdão

vale a pena falar e viver o Natal.

 Maria José Pereira (Luna)

 

 

sábado, 5 de dezembro de 2015


Tanto já se falou sobre o amor, tantos poemas foram escritos, a própria natureza vai conspirando sobre esse tema, esta foto foi tirada em Espanha, mas basta olhar ao nosso redor e ver toda a beleza que o Divino nos concedeu para abrilhantar o nosso olhar e acalentar a nossa alma, para mim esse é o verdadeiro amor que tudo dá sem nada cobrar, essa deveria ser a escola da vida o ensinamento profundo que de certeza faria a nossa pequena chispa Divina entoar os acordes subliminares do universo em favor do nosso Ser.

Maria José Pereira (Luna)

terça-feira, 1 de dezembro de 2015


Todos os seres que passam na nossa vida

trazem uma mensagem, um aprendizado,

felizes dos que em algum momento se apercebem

dessa dádiva posta pela natureza

ao serviço de cada um dos indivíduos.

Quando deixamos de sentir o outro

com os nossos egos, os quereres, as vontades,

quando procuramos bem mais fundo

na essência , no saber da alma,

Encontramos então escrito

a beleza  que existe na transmissão das palavras,

atos, na mão que apareceu, no coração que doou,

ainda que possa  desaparecer num momento seguinte,

porque algo ficou na essência do Ser.

Para todas as pessoas que já passaram na minha vida

para as que ficaram, as que partiram,

a todos agradeço, os momentos bons ou menos bons

que me ofertaram,

através deles cresci, amadureci,

pude fazer essa viagem dentro de mim

Onde a palavra mágica da filosofia perdura,

“ser ou não ser”.

É nessa jornada de procura interior

que aprendo a abrir as asas ao vento,

e nesse caminho entender

o que vale a pena viver, o que deve ficar,

e assim vou atravessando as pontes

que me levam ao caminho

que Deus decidiu para mim ao nascer.

 

Maria José Pereira (Luna)