astrespiramides

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domingo, 25 de fevereiro de 2018


Olho através das vidraças,caem gotículas
que escorrem e se estilhaçaram no chão,
o Outono Chegou, as folhas velhas esvoaçam ao vento
enquanto existem as que negam se desligar do galho da vida,
terão elas o poder de sobreviver?
Desvio os olhos da janela e visualizo uma flor solitária à beira do caminho,
É como a vida vazia de tantos seres
que só  permanecem pela memória dos afectos
e a cada dia que passa o frio mistura-se
na sala nostálgica da mesa posta só para um,
a maior iguaria fica trancada na garganta
onde as palavras adormecem caladas,
na cadeira fronteiriça lembranças…
um vulto, um sorriso , promessas tantas por cumprir,
mas nos olhos o peso da vontade
na força dos insubmissos que não se vergam à dor

ainda que o Inverno da vida já tenha chegado.

Luna

4 comentários:

  1. Lindo e ainda que o inverno da vida tenha chegado, há sempre lugar para todas estações! bjs, chica

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  2. Querida amiga como é maravilhoso ler tão belo momento apaixonante do princípio ao fim ,desejo-lhe uma semana muito abençoada ,muitos beijinhos no coração felicidades

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  3. Belo, Luna! Andava com saudades dos teus belos posts. Boa semana!

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  4. E, contudo, no aconchego, ou numa certa percepção de aconchego, por um certo prisma, que pode ser o da esperança, o inverno pode mostrar-se acolhedor e cheio de primavera.
    Um poema bastante intenso. Sinto que vem de dentro e sinto-o bem dentro.
    Muito bom.
    Beijinhos

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