astrespiramides

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sábado, 10 de fevereiro de 2018


Quando a vida te disser não,
não a queiras enfrentar,
ele está a avisar-te
que escolheste o sentido inverso no caminhar.
Quando os olhos chorarem de dor
näo te feches ao mundo e escuta o coração,
sem quereres, sem vontades,
sem teimares no que te faz mal,
Escuta-o simplesmente, deixando-o sibilar.
Com serenidade e o tempo certo
uma nova vereda irás encontrar .
acomoda-te na praia de ninguém
deixa a tua essência escolher,
sem medos, sem anseios, com a alegria de viver
olha o mar, vê a tua vida a passar
Como as ondas que vão e voltam
tudo um dia se vai modificar
é como no horizonte o pôr do sol
que nos mostra que há sempre
uma oportunidade que acaba por chegar.

Maria José Pereira (Luna)


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018


Como explicar o inexplicável,
os sentimentos que fluem
que nascem do nada,
que näo säo corpóreos,
ainda assim reais.
Como explicar o que se sente
sem se ter,
Como o perfume do vento
ou mesmo o sentimento
que se vive sem viver.
Como explicar as energias que chegam
se apoderam de nós
como a  saudade do que existe sem existir,
ainda assim  passam a fazer parte da vida.
Como explicar a existência,
o que é real, o indivisível
a vida ou a morte,
neste mundo irreal
como explicar o que é , simplesmente Ser.

Maria Jose (Luna)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

De braços abertos, face na face, os olhos sabem ler o mais ínfimo suspiro que brota da alma, que fazemos neste e por este mundo insano, que não o sendo, a própria inquietude do Ser que por não o ser  se transforma em insanidade levando a um mundo de inquietude.

Luna

terça-feira, 23 de janeiro de 2018


Sou prisioneira
Entre palavras amordaçadas
E pensamentos contraditórios
Que penetram em mim
Numa dança magica
Sinto-me envolvida, amordaçada,
Grilhetas invisíveis
Nascem no fundo do meu ser
Sou subjugada, aprisionada,
Como barco naufrago
Deslizo ao sabor do vento
Até encontrar o farol guia
O meu porto seguro.


Maria José (Luna)

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018



Amigos para vocês escrevo,
Palavras contidas, sentidas,
Rabiscadas numa folha de papel,
São o meu jardim florido
Cada um com o seu próprio cheiro e cor.
E neste universo de luz onde todos somos um,
Vôo como borboleta
Pousando de flor em flor,
Colhendo o carinho, colhendo o amor,
Quero ser chuva que rega a terra
De momentos partilhados
Um rio que corre para o mar
Em abraços apertados
Ainda que ausente, presente estarei,
Neste planeta terra de oceano azul
Onde novamente encarnei.


Maria José Pereira- luna

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Caminhava na praia deserta
Sentindo o cheiro do vento,
olhei o horizonte de olhos cerrados,
assim te pude ver
companheiro da eternidade
não encontrado nesta existência,
sinto os salpicos das ondas
que acariciam o meu rosto
quem sabe o teu carinho
no ancestral toque de amor,
sinto-te perto, ainda que longe,
mas que importa uma vida
se temos a imortalidade do tempo
no tempo que não existe,
no ar entoa a musica das esferas
nos doces acordes dos violinos
e das harpas dos tempos idos
abri os olhos
mas o sonho prevalece
no amor que é intemporal.


Luna

terça-feira, 9 de janeiro de 2018



Balancei no tempo incerto
na poeira que vai e volta,
Empurrada pelo vento de inverno
que traz a chuva embrulhada
em nuvens de tristeza,
é  como o chorar dos anjos
tocando a terra quando as vagas do mar gritam
que só os seres sublimados
atravessam a pé as águas do oceano.
Julgamo-nos fortes , especiais, indestrutíveis,
que tudo sabemos, que tudo transformamos,
mas basta a mãe terra estremecer
para as nossas frágeis construções
serem abalroadas.
Só o amor nos pode transformar em seres maiores,
e é a semente que germina eternamente
entre o coração e a alma pela eternidade.

luna