astrespiramides

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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

estranha a vida



Por vezes é preciso olhar as águas do rio para ver o nosso reflexo e acreditar que estamos vivos, que a vida vale a pena, que ainda há tempo, ou que é um novo começo, damos voltas e voltas sem encontrar um trilho longa é a espera no fosso que existe em nós, mas o tempo não para e quando somos nós a parar os olhos perdem o brilho os sonhos adormecem a vida fica fria, culpamos o mundo quando nos devemos culpar a nós pois somos os condutores da viagem.
Sim precisamos olhar o rio mas afinal não para ver o nosso reflexo mas para escutar o coração para ver o sopro da alma que nos incita a viver a sermos felizes, podemos sempre escolher outra passagem, a vida é uma eterna viagem que não sabemos onde nos levará, ainda assim podemos escolher caminhar sobre pedras ou gozar a beleza da natureza, tudo está nas nossas mãos ainda que por vezes não pareça.

Poste e fotos Luna

domingo, 11 de novembro de 2012

Fraga ao vento


Gosto muito desta foto que tirei em Peniche há uns 5 anos e tem a forma de uma cara, sempre que a vejo  fico impressionada.

Talvez penses ser o que te chamam
pedra, fraga, rochedo inanimado,
mas eu olho para ti
e vejo um ser de olhos doces
com um sorriso magnânimo
esculpido no teu peito
um coração que palpita sem se ver,
o tempo vai passando
os ventos ciclónicos moldam a tua face
mas manténs a imponência sem orgulho
pelos que passam por ti e não te veem
quem será que és, ou que foste
e que dor tamanha te fizeram
para te transformares numa pedra.

Poste e foto Luna

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Veredas



Veredas
pintadas de sonhos
vermelho, sangue, amor,
conduzem-me a ti…mar,
beijo a tua pele salgada
de desilusões
osculo de desejo,
que mata a sede,
e vogo em ti
ondas de cio insanas
de alva espuma
feitas em lençóis de cetim esvoaçantes
que sente, a brisa, o aroma
dos corpos ungidos
no oceano da vida
no mar dos desejos
ao adormecer do pôr do sol

Poste e fotos Luna

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Cansei-me




Cansei-me das palavras
e da matriz de dor,
vou silenciar a minha voz
e procurar no paradigma do silêncio
as metáforas que ressoam
na minha mente surrealista,
de olhos fechados
vou penetrar em mim
e saciar a fome de paz,
 adormecer selvagem,
e deixar morrer um pouco do meu eu.

Poste e fotos  Luna

Pudesse eu



Pudesse eu ter a certeza e não simplesmente acreditar e o inato acordar seria como a Primavera florida num jardim de papoilas, o tempo corre num projecto de vida sem destino aguardando o afago esperado num frémito de amor.

poste e fotos Luna

quarta-feira, 7 de novembro de 2012



Não existem fórmulas para o encantamento
nem caminhos específicos para o amor
por vezes encontramos um trevo de quatro folhas
no caminho misterioso do coração e como num miradouro
a beleza evoca na alma
sem saber como mitigar os sentimentos
na convulsão dos sentidos
a mente lapida diariamente
essa pedra que se encontra em bruto
até a poder tornar no diamante exaltado  
do amor

Poste e fotos Luna

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Nego-me

IRLANDA

PIICO DO AREEIRO-MADEIRA

Nego-me a viver sem esperança
sem fé
porque sei que para lá das nuvens
o sol continua a brilhar
nego-me  a que os meus olhos esmeraldinos
não sigam o curso do rio
e possam desaguar no mar
nego-me  a enterrar sonhos
ou viver no passado histórias de tormenta e de dor
nego-me aos medos, aos enganos, falsidade e desenganos,
nego-me a tudo menos ao amor.

Poste e fotos Luna