Passava na rua, vadia de afectos,
olhei-te sentado nas pedras molhadas do caminho
cruzamos os olhares...
vi nos teus, chispas incandescentes de raiva incontida,
de uma vida sofrida, aquecida por uma garrafa jà vazia,
a tua boca abriu-se, e dos lábios gretados pelo frio,
saiam sons decifráveis, misturados na saliva que escorria
e ambos se estilhaçaram no chão,
Näo… näo podia deixar que a dor de uma vida perecesse ali
com cuidado colhi como flores aquelas palavras sofridas,
encostei-as ao meu coração quente de afectos,
dei-lhes carinho, amor e assim as entreguei prenhe de vida,
Ele pegou-as, olhou-me, uma lágrima rolou.
e tranquilo adormeceu.
Maria José Pereira (Luna)
Maravilhoso momento querida amiga ,muitos beijinhos no coração felicidades
ResponderEliminarQue texto lindíssimo! Um momento de uma suavidade real,mas tão bela, tão bela, que dói.
ResponderEliminarAdorei, Luna. Parabéns.
Beijinho de coração
Para quê, perturbar o momento com mais palavras? Muito bom.
ResponderEliminarbeijinho