Muitas vezes me indago, o que é viver, porque na maior parte
das vezes as nossas escolhas nos levam a becos sem saída e nos conduzem á dor,
ao martírio, qual a razão porque damos mais atenção e registamos na nossa mente
os aspetos menos bons, e pouco valorizamos ou nos lembramos do que é benigno e acontece
no nosso trajeto de vida, talvez não passemos de seres imperfeitos procurando
uma perfeição inexistente, somos seres duais e precisamos de um termo de
comparação para o entendimento diário das nossas ações, mas tantas vezes
colocamos os patamares do essencial altos demais e não conseguindo atingi-los
vivemos perpetuamente em conflito interno, sem encontrar a felicidade que
almejamos.
Existe um vazio que tentamos colmatar com o materialismo que
a sociedade põe ao nosso dispor, mas o vazio contínua em muitos, e em muitos
casos a solidão impera mesmo no meio da multidão, o que nos falta, eu acredito
que é a parte espiritual que nos pode equilibrar a mente, não importa o tipo de
religião que professamos nem onde vamos beber a sabedoria eterna, mas é o equilíbrio
encontrado entre o espiritual e o terreno que nos vai equilibrar os centros,
alimentar a alma o budata ou como o queiramos
chamar, cada um de nós acredita no que acredita e é livre de o fazer, como de
delinear o seu trajeto neste pequeno percurso que fazemos pela terra, um dia
vamos partir não sabemos quando, nem isso é importante, mas vai acontecer apesar
de não querermos falar ou sequer pensar
no assunto, então nada melhor do que hoje fazemos por ser felizes, pois é só o
dia de hoje que importa, e pode ser o primeiro da nossa existência.
Luna