astrespiramides

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terça-feira, 9 de agosto de 2016



Pedras, construções, segurança, ornamentada de beleza, talvez seja assim desde todo o sempre, chegamos a este mundo tão frágeis e conforme vamos crescendo incutem-nos as regras de sobrevivência, temos de ser os melhores, protegermo-nos do mundo e dos seus habitantes, erguendo castelos, muralhas á nossa volta e para não nos sentirmos prisioneiros de nós mesmos precisamos de toda a manifestação de força e beleza exterior, quantas vezes isso nos leva à degradação e perda incondicional da vida e do sentido da mesma. Mas a nossa alma grita nessa prisão sem grades, grita que precisamos de sair do nosso mundinho da nossa zona de conforto, estarmos abertos ao novo, acreditar que não é porque não se vê que não existe e deixar essa beleza que subsiste dentro de cada um de nós descobrir quem somos, a razão porque fazemos esta viagem e para onde vamos no caminho de volta, para quem não acredita na vida eterna, que está seguro que tudo acaba com a morte física, quem sabe se sair dessa zona de conforto algo possa acontecer, ou não, pois não sou dona da verdade.

 Foto de Alhambra
Maria José Pereira ( Luna)

segunda-feira, 8 de agosto de 2016


Quantas vezes escondemos as emoções bem lá no fundo de nós, não deixando transparecer para os demais as angústias e vivemos submersos em grutas escuras onde a humidade dos medos, da falta de confiança de… nos vai transformando em algo que não queremos, somos almas em busca de perfeição e na maior parte das vezes transformamo-nos em almas desumanas em corpos doentes fisicamente e espiritualmente. No entanto as grutas também têm beleza, aquela formosura intrínseca que cada um de nós possui pelo amor que o coração transporta, e é só esse amor que nos pode curar, fazendo -nos sair desses lugares que nos corroem a mente e o coração e trazer de lá a beleza das estalagmites e estalactites do nosso Ser para crescermos dia a dia.
Foto tirada nas Grutas de Mira Daire
Maria José Pereira ( luna)

quinta-feira, 4 de agosto de 2016



Podia falar
De olhos infelizes
Espelhados no lago da aflição,
Ou de nuvens nebulosas compassivas,
No corpo andrajoso de uma mulher,
Podia verbalizar sobre
Mentiras conspurcadas,
Lascivas, ou vícios,
De falsas amizades
Que sugam o sopro vital,
Mas não…
Prefiro falar
Dos sonhos, da esperança,
Dos caminhos não percorridos
Dos mistérios ainda por viver,
Do sorriso verdadeiro,
Do amor que temos para dar
Ou da ternura que falta receber.
Poema e foto( Lagoa de Pataias) de-luna