astrespiramides

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segunda-feira, 1 de maio de 2017

Era o começo do recomeço, onde o pouco que ainda tinha sido escrito, revelava que nas ondas indeléveis e jubilosas, circundavam os olhares inertes de quem olhava sem nada ver.
A vida palpitante que se escondia para lá do nosso olhar, nesse mar desconcertante com tão majestoso habitat, tão pleno de magia.

Mas quem sou eu para falar do encantamento que fica para lá do olhar, pois se mesmo de mim pouco ou nada sei, escuto a cada momento os barulhos ensurdecedores que me questionam a cada instante, são como ondas em dia de vendaval que me esmagam contra as rochas escarpadas da mente, e procuro o antidoto na harpa melodiosa da família, dos amigos do próprio universo, que extirpem os acordes nostálgicos de uma  vida desafinada, para assim escrever uma sonata com as notas do coração e o sentimento da alma.
Maria José Pereira ( Luna)
Foto Nazaré

6 comentários:

  1. Gostei muito do seu texto poético, Luna.
    Faço votos que a composição da sonata não demore, porque a ajudará a equilibrar a vida...
    Adoro o mar e sonatas...
    Um Maio muito aprazível.
    Abraço
    ~~~

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  2. Maravilhoso querida amiga ,poder sentir toda a graciosidade das suas lindas palavras que sempre me cativam do princípio ao fim ,muitos beijinhos felicidades.

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  3. Palavras que se soltam da alma da poetisa e tocam o coração de quem lê.
    Lindo!!!
    Beijinhos
    Maria

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  4. Oi Maria José, é um prazer enorme conhecer nos blogs uma pessoa de Nazaré, praia que amo por ter nascido em praia do litoral brasileiro onde havia descendentes dessa terra. Meus ancestrais são do Porto, mas havia muitos pescadores de origem em Nazaré e Braga. Achei maravilhoso o seu texto, com figuras muito bem colocadas como "as rochas escarpadas da mente". Parabéns por tão belo texto e tão bonita imagem do oceano bravio. Grande abraço. Laerte

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  5. É assim tantas vezes! O mar traz-nos a sua voz de Adamastor e faz estremecer as nossas fundações, passamos de "rochedos" a simples "grãos de areia". O encantamento está escondido em cada alma; por isso mesmo, Luna, é que se consegue " escrever uma sonata com as notas do coração e o sentimento da alma."
    Lindo poema.
    Beijo de luar

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