Era o começo do recomeço, onde o pouco que ainda tinha sido
escrito, revelava que nas ondas indeléveis e jubilosas, circundavam os olhares
inertes de quem olhava sem nada ver.
A vida palpitante que se escondia para lá do nosso olhar,
nesse mar desconcertante com tão majestoso habitat, tão pleno de magia.
Mas quem sou eu para falar do encantamento que fica para lá
do olhar, pois se mesmo de mim pouco ou nada sei, escuto a cada momento os
barulhos ensurdecedores que me questionam a cada instante, são como ondas em
dia de vendaval que me esmagam contra as rochas escarpadas da mente, e procuro
o antidoto na harpa melodiosa da família, dos amigos do próprio universo, que
extirpem os acordes nostálgicos de uma vida desafinada, para assim escrever uma sonata
com as notas do coração e o sentimento da alma.
Maria José Pereira ( Luna)
Foto Nazaré